Curiosidades
HISTÓRICO DO JEANSWEAR

Como primeiro aspecto, temos, segundo o Dicionário da Moda (2002), que: “Jeanswear se refere à linha de vestuário surgida em meados dos anos 1950, expressando a cultura norte-americana. São utilizados o brim e o índigo blue, sempre associados a trajes informais, independente de corte ou modelo.”

Desta forma, destaca-se que a história dessa moda perene começou no século XIX, pelas mãos de Levi Strauss, nascido na Baviera, atual Alemanha, que se mudou para os Estados Unidos em 1847.


Primeiramente, fixou-se em Nova York, onde abriu uma alfaiataria; porém, com a corrida do ouro, tal qual distraia a atenção de todos, ele resolveu seguir para o oeste do país, a partir daí Strauss começou a vender aos mineradores uma lona marrom, matéria-prima para toldos de barracas e velas de barcos, um tecido robusto e acinzentado, à prova de tempestades e ventanias.

 

Segundo historiadores, em um determinado dia, um dos mineradores pediu a Strauss que lhe fizesse uma calça com aquela lona resistente, tendência que logo acabou sendo adotada pelos trabalhadores da região. Foi Levi Strauss quem transformou um tecido de baixo custo em uma calça adequada para uso de mineradores e vaqueiros.

   

Alguns anos depois, ele passou a confeccionar calças a partir de um tecido francês, um brim azul, vindo da cidade de Nîmes que em seguida transformou-se em denim. Eram calças azuis, tintura obtida a partir de folhas de uma planta chamada indigueiro, daí a origem da palavra índigo, até hoje utilizada para referenciar esta cor.

 

Este tipo de calças era usado por marinheiros da Europa, sendo, assim, conhecidas como jeans desprovida da palavra gênes, grafia francesa para o nome da cidade portuária italiana Gênova



Resistente e durável, essa peça do vestuário fixou-se como indumentária de trabalho, conquistando cada vez mais consumidores ao longo dos anos.

 

Porém, foi apenas no ano de 1872 que Levi registrou a patente de suas invenções

   

Na seqüência, vem o alfaiate Jacob Davis para complementar a história do jeans; foi ele, ao associar-se com Strauss quem desenvolveu o modelo de calça jeans básico que conhecemos até hoje, a popular five pockets, que era justa na medida certa, possuía cinco bolsos e, nos pontos de maior tensão, continha rebites de metal.

 

O número 501 marcava o lote de tecidos das primeiras calças jeans de que se teve notícia, sendo criadas até os dias de hoje, mantendo a mesma linha de criação. Com o tempo vieram outros detalhes como os rebites, que eram feitos de tachinhas de cobre usadas para prender as correias dos cavalos, os pespontos na cor laranja, o fechamento com botões metálicos a partir de 1860 e a etiqueta no cós em couro, que surgiu em 1886.

 

Em 1910 as calças jeans começaram a ter bolsos traseiros, mas foi só em 1953 que a marca Levi’s criou o primeiro modelo feminino.



Com uma grande criação como essa, logo foram surgindo os concorrentes, como Henry David Lee, fabricante de alimentos e óleos enlatados, que fabricou para seus funcionários com uma espécie de denim, um macacão que tinha uma novidade, foi utilizado zíper nas calças. Lee em 1926 iniciou sua fábrica de roupas.




Pode-se afirmar que o jeans aparece na história da moda e da sociedade interpretando vários papéis: desde símbolo máximo da juventude e rebeldia, quando surge em meados 1950 nas telas de cinema vestindo astros como Marlon Brando e James Dean

 

Ou mesmo como roupas de trabalho pesado de cowboys ou vaqueiros, despontando como um tecido para todas as idades, além de representar a linguagem de uma geração.

 

Em 1958 é lançada a lycra, dando melhor vestimenta e caimento às peças, que eram de inicio tão grossas que ficavam em pé sozinhas.

 

O jeans se estabeleceu no mercado na década de 1960, com a moda voltada para o jovem e se torna uma roupa jovem esportiva. Nas comemorações sociais como colégios, igrejas e salões de festa, o jeans ainda não era aceito, sendo um traje apenas para o lazer, formalmente usado apenas por forças militares, mas nem sempre.

 

Ainda nessa época artistas brasileiros vestiam jeans, influenciando o jovem brasileiro, eram eles: Maria Betânia, Gal Costa, Gilberto Gil, Roberto Carlos, Caetano Velozo etc.



Na década de 1970, Calvin Klein, foi o primeiro estilista a colocar na passarela o jeans, indignando os mais conservadores. Mas logo outros estilistas renomados da época como, Kenzo e Giorgio Armani, já o seguiram, dando mais espaço para o jeans conquistar a sociedade. Algo que marcou também essa geração foi o Woodstock, com os hippies que usavam calças jeans boca de sino, sendo que as calças das mulheres já tinham o cós baixo.



Época marcada por exageros começou-se a diferenciação das peças: com bordados, tachinhas, flores, muitos brilhos, estampas e etc.

 

Na década de 1980, o jeans aparece com brilho nas pistas de dança, em um tom índigo e sem lavagens. Os estilistas europeus colocaram nessa época pela primeira vez em suas coleções de prêt-à-porter o jeans, recebendo um tratamento especial, em relação às formas e cores. O jeans passou a ser visto não mais como uma peça isolada, mas sim como parte da moda esportiva casual. Criou-se, então, o conceito de jeanswear, que inclui, além do denim, outros tecidos à base de algodão, brins, sarjas e malharia.



Observa-se que o jeanswear passa a representar, historicamente, um conceito na maneira de se vestir, proliferando-se ao propiciar comodidade e praticidade, aliadas a fácil manutenção numa época em que as pessoas, cada vez mais, estão sem tempo livre.



Assim sendo, qualquer facilidade propiciada é aceita, tornando-se fundamental.



Conclui-se que a peça confeccionada em jeans faz parte da construção da identidade da moda contemporânea



Por fim, pode-se afirmar que o jeans não representava apenas um tecido, mas um estilo de se vestir com personalidade. Atualmente, oito em cada dez consumidores fazem do jeans um item básico em seu guarda-roupa

 
 
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